Em momentos de aflição e incerteza, é natural buscarmos consolo e respostas. A liturgia de hoje nos convida a refletir sobre a confiança em Deus mesmo diante das adversidades. O Salmo 17(18) nos lembra que, ao clamarmos ao Senhor em nossa angústia, Ele escuta a nossa voz. Essa certeza é reforçada pelas leituras de Jeremias e do Evangelho de João, que mostram a fidelidade de Deus para com aqueles que O buscam sinceramente.
Jeremias 20,10-13: A confiança do profeta em meio à perseguição
O profeta Jeremias enfrentou intensa oposição ao proclamar a palavra de Deus. Ele relata:
“Eu ouvi as injúrias de tantos homens e os vi espalhando o medo em redor: ‘Denunciai-o, denunciemo-lo’.”
Apesar das ameaças, Jeremias confia na proteção divina:
“Mas o Senhor está ao meu lado, como forte guerreiro; por isso, os que me perseguem cairão vencidos.”
Essa passagem nos ensina que, mesmo quando somos incompreendidos ou perseguidos por nossa fé, Deus permanece conosco, fortalecendo-nos e garantindo a justiça.
Salmo 17(18): O clamor que Deus escuta
O salmista expressa sua profunda confiança em Deus como refúgio e salvador:
“Eu vos amo, ó Senhor! Sois minha força, minha rocha, meu refúgio e Salvador!”
Ele descreve situações de perigo e desespero, mas destaca que, ao invocar o Senhor, foi ouvido:
“Ao Senhor eu invoquei na minha angústia e ele escutou a minha voz.”
Essa afirmação reforça a certeza de que Deus está atento às nossas súplicas e pronto para nos socorrer.
João 10,31-42: Jesus, o Filho de Deus, enfrenta a incredulidade
No Evangelho, Jesus é confrontado pelos judeus que o acusam de blasfêmia por afirmar ser Filho de Deus. Ele responde:
“Se não faço as obras do meu Pai, não acrediteis em mim. Mas, se eu as faço, mesmo que não queirais acreditar em mim, acreditai nas minhas obras.”
Jesus destaca que suas ações refletem a vontade do Pai, e que, mesmo diante da incredulidade, Ele permanece fiel à sua missão. Essa passagem nos encoraja a reconhecer a presença de Deus nas obras e sinais que nos cercam.
Aplicação prática: Confiar em Deus nas adversidades
As leituras de hoje nos convidam a confiar em Deus mesmo quando enfrentamos desafios e incompreensões. Assim como Jeremias e o salmista, somos chamados a clamar ao Senhor em nossas angústias, certos de que Ele nos escuta e nos fortalece. Jesus nos mostra que, mesmo diante da rejeição, devemos permanecer fiéis à nossa missão, confiando na presença constante do Pai.
Conclusão
A liturgia de hoje reforça a importância de mantermos nossa fé e confiança em Deus, especialmente em tempos de dificuldade. Ao invocarmos o Senhor em nossa angústia, Ele escuta a nossa voz e nos concede força para perseverar. Que possamos, a exemplo de Jeremias, do salmista e de Jesus, permanecer firmes em nossa fé, confiando sempre na presença e na proteção divina.