Na liturgia de hoje, a Primeira Leitura nos apresenta a história de Naamã, um comandante sírio acometido pela lepra. Orientado por uma jovem israelita, ele busca o profeta Eliseu em Israel para ser curado. Eliseu instrui Naamã a banhar-se sete vezes no rio Jordão; embora inicialmente relutante, ele obedece e é milagrosamente purificado (2Rs 5,1-15a).
No Evangelho, Jesus, ao ensinar na sinagoga de Nazaré, afirma: “Nenhum profeta é bem recebido em sua terra” (Lc 4,24). Ele recorda que, nos tempos dos profetas Elias e Eliseu, apesar de haver muitas viúvas e leprosos em Israel, foram uma viúva em Sarepta e Naamã, o sírio, que receberam os milagres de Deus. Essa referência enfurece seus conterrâneos, que rejeitam Sua mensagem.

Esses relatos nos convidam a refletir sobre a abertura do coração à ação divina. Naamã, um estrangeiro, superou suas dúvidas e orgulho, confiando na palavra do profeta e, assim, experimentou a cura. Em contraste, os habitantes de Nazaré, por conhecerem Jesus em Sua humanidade, não reconheceram Sua divindade e missão, fechando-se à graça que Ele oferecia.
Somos desafiados a examinar nossas próprias atitudes: estamos receptivos às manifestações de Deus, mesmo quando elas se apresentam de formas inesperadas ou por meio de pessoas próximas? Que possamos cultivar a humildade e a fé necessárias para reconhecer e acolher a presença e a ação do Senhor em nossa vida cotidiana.
Que possamos Cantar Conforme o Salmo:
Responsório Sl 41(42),2.3;Sl 42(43),3.4 (R. 41[42],3)
— Minha alma tem sede de Deus, do Deus vivo: e quando verei a face de Deus?
— Minha alma tem sede de Deus, do Deus vivo: e quando verei a face de Deus?
— Assim como a corça suspira pelas águas correntes,suspira igualmente minh’alma por vós, ó meu Deus!
— A minh’alma tem sede de Deus, e deseja o Deus vivo.Quando terei a alegria de ver a face de Deus?
— Enviai vossa luz, vossa verdade: elas serão o meu guia;que me levem ao vosso Monte santo, até a vossa morada!
— Então irei aos altares do Senhor, Deus da minha alegria. Vosso louvor cantarei, ao som da harpa, meu Senhor e meu Deus!